Estamos vivendo o ápice da conexão global, em 2025, é impensável se viver (seja como pessoa, empresa ou governo) de maneira isolada. A velocidade da disseminação de informações no mundo tem ultrapassado limites nunca antes vistos, fazendo com que notícias da China cheguem ao Brasil em um mero atualizar de página, isso molda percepções, fortalece possibilidades e conexões e tudo isso ocasiona um diminuição das barreiras de comunicação e comerciais, nesse caso em específico do comércio internacional.
O comércio internacional esta presente em nosso dia a dia, mesmo que de maneira imperceptível, desde ao ligarmos a maquina de café expresso pela manhã, ou da roupa que vestimos, ao carro que dirigimos até o celular que nos acompanha em todas essas atividades. É impensável um mundo sem o multilateralismo. Quando pensamos no Brasil frente a esse cenários, temos uma posição ainda mais assertiva nesse sentido, visto que “a defesa do multilateralismo como princípio ordenador do funcionamento do sistema internacional não constituiu apenas retórica diplomática. Trata-se de uma diretriz objetiva da ação internacional do Brasil” (MELLO, Flavia).
Apesar de ser uma posição que o Brasil tem atuado buscando sempre fortalecer no cenário mundial, o assunto nunca foi tão latente e emergente quanto agora. Frente as tarifas internacionais projetadas dos Estados Unidos e a cooperação do Brasil com outros parceiros além de seus aliados tradicionais, como Argentina, Uruguai e Paraguai, vemos um movimento forte da estruturação de outros blocos econômicos, como o MercoSul e o BRICS, que tem sido grandes atores no novo cenário internacional. Aumentar as possibilidades de parceria, com países que se alinham também a essa perspectiva é muito positivo. Por exemplo, no MercoSul, encontramos taxas para diversos produtos e insumos zeradas, devido a acordos comerciais estabelecidos entre os países-membros, além de acordos interblocos, como com a finalização do acordo MercoSul e União Europeia. Já no BRICS, vemos ainda mais possibilidades de expansão e ganhos multilaterais em outra regiões como no continente africano, isso sem mencionar o ganho que se tem ao pegar carona na onda de investimentos e crescimento econômico da China.
As tarifas comerciais não devem ser vistas como um empecilho a expansão comercial ou como uma perda do fluxo econômico, também é inegável seu impacto em diversos setores da economia brasileira. Mas a diversificação de parceiros comerciais internacionais se mostra o melhor caminho para um crescimento de expansão comercial a longo prazo das empresas que entenderem esse cenário como um momento de crescimento, com uma visão de futuro, de um mundo de trocas comerciais com novos mercados, novas possibilidades, menos dependente, mais colaborativo e conectado, onde os ganhos são mais expressivos, expansivos e com mais estabilidade. Ao integrar o multilateralismo global, empresas, pessoas e negócios ganham uma longevidade e um alcance como nunca antes visto, se ganha o mundo.
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